23 de junho de 2010

Uma parte de mim

Era assim há meses. Saia a pensar como ia ser, como daria a notícia e como essa iria ser recebida, fui-me despedindo secretamente, intimamente, aula a aula, exercício a exercício, correcção a correcção, música a música... dos gestos, das expressões, das vozes. É uma despedida voluntária, necessária mas pesada, com o peso de tudo o que é incomensurável e deixa-me dorida.
Deixou de ser secreta e íntima e estou ainda mais dorida, pelos gestos, as palavras, as expressões que de todas as formas me tentam demover e há olhares que cavam dentro de mim à procura de respostas para o futuro que não posso dar.
Falta pouco, sei das lágrimas e dos abraços, vai ser duro.