9 de novembro de 2012

O amor divide-se ou multiplica-se?

Há muito que preciso de verbalizar os sentimentos que me inquietam agora que serei mãe de novo, ou melhor, serei uma mãe partilhada. 
Não sei se este é um sentimento comum ou não mas à alegria de esperar mais dois filhos junta-se um medo terrível, um duplo medo: medo de que o meu filho, único até agora, a quem durante 6 anos foi devotada toda a atenção, se sinta menos amado, que sofra, que crie ressentimentos e medo de não ser capaz de amar tanto os irmãozinhos como amo e sempre amei a ele, desde o momento em que soube que ele já existia dentro de mim. Acredito que o amor não se divida, antes se multiplique mas, não tendo referências pessoais por ser filha única, não consigo evitar esta dualidade de emoções, estes receios. São devaneios tresloucados meus? Ou, antes pelo contrário, passa pela cabeça de todas as mães?