28 de fevereiro de 2013

Literatura infantil



O meu filho mais velho (ainda me soa estranho dizer isto, ainda me soa a novidade) para grande alegria minha, está a descobrir a literatura. Atrevo-me mesmo a dizer que está  a deliciar-se com o que descobre o que me deixa deliciada a mim que sou uma apaixonada por livros do conteúdo à forma, ao cheiro e ao toque. Sempre adorei ler para ele, o ritual da leitura da noite dá-me um verdadeiro prazer, por mais pressa que tenha, por mais adiantada que vá a hora, sempre gostei de lhe ler com cuidado, fazer vozes distintas, aprimorar a dicção, acompanhar com gestos e expressões. E ele adora esse momento! Comprar-lhe livros é e continuará a ser, enquanto me for financeiramente possível, algo comum, não faço dos livros presentes, acho-os tão fundamentais como os pacotes de leite que leva na lancheira e muita pena tenho que para muitas crianças não possa ser assim (outro assunto e daria pano para mangas). Mas durante o verão também aprendeu que se pode usufruir da leitura de livros sem gastar dinheiro indo à biblioteca municipal e requisitando-os para leitura domiciliária e muitos foram os livros que lemos por essa via.
No colégio começou a ensaiar o seu papel de aranha na peça baseada na obra "A Fada Oriana" de Sophia de Mello Breyner Andresen e achei por bem comprar-lhe o livro e sugeri a sua leitura. Claro que adorou a ideia e numa semana, bocadinho a bocadinho, lemos tudo. Escusado será dizer que estava tão entusiasmada quanto ele. No fim fez-me perguntas sobre a autora e li-lhe a nota biográfica bem como outros títulos das suas obras. Pediu-me logo para lhe comprar outro, "podes ser tu a escolher mamã". E assim foi,  a nossa leitura presente é "O Rapaz de Bronze" e em lista de espera já estão "O Princepezinho" (curiosamente li-o em voz alta para ele quando ele estava na minha barriga) e "A volta ao mundo em 80 dias" (esta, versão infantil), estes escolhidos por ele de uma série de opções que lhe dei para espaçarmos os autores.
O nosso momento da leitura é tão nosso e tão importante que mesmo com o nascimento dos bébés se manteve inalterado, sagrado e já aconteceu os bébés, em vezes alternadas, adormecerem embalados pelas nossas histórias!