19 de março de 2014

Objectivamente nada tenho a dizer

Tenho de olhar para as coisas de forma objectiva, dizem-me, ver todos os lados das situações. E é verdade.
Feita a análise a diversas coisas chegou a hora de pensar nestas "horas ( des) contadas", e o resultado é que não faz sentido . Um blogue serve para quem tem algo a dizer/ oferecer aos outros, caso contrário escreve-se num caderno que se deixa na gaveta. E eu nada tenho a dizer pelo que me despeço deste meu "caderno", fico-me apenas pela leitura.
Até sempre.

16 de março de 2014

Anorexias

Mais uma semana e não tenho apetite para ela.

14 de março de 2014

Karma?

Toda a vida tentar sair de uma situação e acabar sempre por lá voltar , é isso o karma? Se é já tenho dois identificados .

13 de março de 2014

Confissão

As minhas alunas nem sonham quantas vezes desejo trocar de posição com elas, ser de novo aluna e simplesmente dançar.

7 de março de 2014

Dores

Hoje uma amiga queixava -se de que não tinha dormido nada porque o marido estava fora a trabalho e ela não dorme nas raras vezes em que isso acontece ... Ainda bem que estávamos ao telefone para não me ver a expressão, ainda bem que fechei a minha boca e não cedi à tentação de lamuriar a minha muito pior sorte. Mas a verdade é que ouvi dentro de mim o som de papel a amarrotar como ouço tantas vezes em situações semelhantes. E ninguém tem culpa que hoje em dia esta seja a realidade de tantos casais, uma realidade que odeio cada vez mais. E odeio mais ainda quando os outros acham que não ligo, que já estou habituada ... Nunca mas nunca se habitua a estar longe de quem se escolheu para partilhar a vida. O dia em que me habituar é porque algo morreu em mim. 
Acordo todas as manhãs com o telemóvel e o comando da tv em cima da minha almofada.

Confissão

Manteiga é o meu alimento preferido. Pão com manteiga vai bem com tudo. Raramente não tenho um pacote a mais no frigorifico mas quando acontece acabar um e não ter outro no momento em que é necessário, ninguém imagina como fico transtornada. Enquanto toda a gente barra só metade do pãozinho com manteiga, eu tenho de cobrir todo o pão ou torrada. E o prazer que me dá abrir um novo pacote, de manteiga açoriana de preferência, é inigualável. Pronto, sou viciada em manteiga, o meu colesterol que o diga!  Uma verdadeira Julia Child (tirando a parte do cozinhar), adoradora de manteiga.

4 de março de 2014

Tia Aurora II

Sempre adorou glicínias, extasiava-se com a cor e o perfume, ai o perfume... Mas o que nunca contou é que o que realmente amava nas glicínias era a recordação do dia em que passando junto a elas, na rua do mercado de cima, pequenas pétalas lhe caíram no cabelo negro e de como o António Maria lhas retirara sem pressa e de como, por uma vez apenas, a sua mão, quente, lhe tocou o pescoço.

2 de março de 2014

Saudades

Se pudesse falar com alguém do mundo de lá, era só com ele, e só lhe queria perguntar se o corpo já não lhe dói, se as mágoas já não o apertam e se a Becas o encontrou.

Básico?

Ao fim de 20 anos de casamento ele esqueceu-se do aniversário dela. Ela só tinha aquele dia por ano para ser especial e felicitada.
- Não tinha o facebook ligado - desculpou-se.
E a Paulinha aceitou.

26 de fevereiro de 2014

Profecias

Daqui a muitos muitos milhares de anos (espero) quando outra qualquer espécie dominar a terra ou, quem sabe, outro planeta qualquer, vai, desta forma, na sua linguagem, reportar a extinção dos seres humanos:
"Com o avanço das telecomunicações os humanos perderam a capacidade de comunicar entre si. Para estes seres a única forma de contacto verdadeiramente e 100% eficaz era olhos nos olhos, pele na pele, mas o seu fascínio por teclados, touch screens e afins conduziu-os ao isolamento individual, ao contacto homem- máquina para supostamente "comunicar" com o seu igual. As mensagens perdiam-se pelo caminho, os humanos desentendiam-se por erros de ortografia, gramática e interpretação, viraram costas uns aos outros. Cada um fechado com o seu ecrã nas mãos foram morrendo em vagas sucessivas de solidão, quais canários em gaiolas, seres muito usados como companhia para esta espécie durante tanto tempo dita superior".

20 de fevereiro de 2014

Os nós que me atam

Fui muito feliz quando senti que fazia a diferença, que trazia algo de novo a algum sítio e que era acarinhada por isso. Onde as pessoas têm tudo por garantido e sem esforço nada valorizam, isso leva-me a pensar no que ando eu a fazer com o meu tempo . A pensar, claro , what else?!

15 de fevereiro de 2014

Zara school?

Será que as funcionárias da Zara recebem um curso de auto-maquilhagem quando são admitidas? E aquele ar arrogante também lhes será ensinado? Se calhar até lhes fazem lavagem ao cérebro que as leva a crer serem top models...

12 de fevereiro de 2014

Querido Diário II

Peguei-lhes decidida a dar-lhes um fim, depois de abertas algumas páginas não fui capaz.

11 de fevereiro de 2014

Reformulação

É o trabalho e a literatura que nos salva.

8 de fevereiro de 2014

Apre!

05h31 - há duas horas a ouvir o temporal  e a pensar no penoso que vai ser quando a criançada acordar daqui a um par de horas e eu não conseguir levantar as pálpebras...

6 de fevereiro de 2014

Ben-u-ron, Neosinefrina, soro e choro non-stop

E quando considero que já nada me atrapalha nesta coisa de maternidade de gémeos (mais um) ficam doentes, os dois, só para me trazerem de volta à terra.

29 de janeiro de 2014

Rotina

Se há quem dela fuja como o diabo da cruz eu anseio pelo dia em que se instale na minha casa. 

26 de janeiro de 2014

Olga

Já comecei este post vezes sem fim e acabo sempre por achar que não encontro as palavras certas.

Apesar de me parecer conhecê-la há muito muito tempo, encontrei-a pela primeira vez num dia de verão nas margens do Mondego. O aspecto miúdo e frágil de menina não lhe denuncia a  fibra e determinação. Falámos sobre o que nos toca e aproxima, dos livros, da (fascinante) escrita dela, da maternidade no que tem de grandioso e desafiante. 
Por estes dias, e a propósito de uma conversa com outra pessoa interessante da minha vida (das que me estimulam o pensamento para além das miudezas da vida), muito tenho pensado na Verdade, o que é viver de acordo com a verdade de cada um. Ela é uma das raras pessoas que o conseguem fazer, não tenho dúvidas de que vive e defende a sua verdade. Poucas mulheres me fascinam, inspiram e  estimulam a inteligência como ela ainda que faça parte da minha vida não presencialmente.
Nesse encontro disse-me algo a que muito tenho recorrido nos dias menos bons: que o facto de adjectivar estados e situações da minha vida não passa disso mesmo, palavras que eu escolho para eles e que passam a ter a dimensão que essa palavra traduz. É esse despojamento do acessório para procurar a verdade que me encanta e não me sai do pensamento, cada vez mais e com mais força.

23 de janeiro de 2014

O melhor dia da semana

 Uma ida à minha própria casa e poder ser eu própria a buscar os meus filhos à escola fazem da quinta-feira o mais aguardado dia ( útil) da semana!

21 de janeiro de 2014

Auto-mimo

Hoje foi dia de mudança de visual: cabelo muito mais curto que o habitual e uma franja. Ainda que goste bastante do resultado é bem possível que me arrependa à primeira lavagem de cabelo home made mas cabelo é só cabelo e tem sempre solução.
Amanha é dia de usufruir de um presente de aniversário, uma massagem de relaxamento, mal posso esperar !
Também preciso de mimo pois então!

16 de janeiro de 2014

Algodão doce e pegajoso

Todas as primeiras horas do meu dia de trabalho são um mergulho numa gigante nuvem de algodão, rosa e pegajosamente doce!

15 de janeiro de 2014

Pequena alegria

Já não é de noite quando começo a trabalhar, só passado uma hora!

14 de janeiro de 2014

psicoterapia?

Preciso de um "couch" pessoal para aprender a gerir o tempo e já agora as emoções e já agora os pensamentos tóxicos, acho que sozinha não vou lá.

13 de janeiro de 2014

Querido diário

Há muito que me debato com uma questão: diários antigos, guardar ou não guardar? Fecho-os numa mala, queimo-os, rasgo-os...
Tenho diários escritos desde os 12 anos e pergunto-me agora o que fazer com eles. Se por um lado não consigo imaginar desfazer -me deles por outro não sei se quero preserva-los. Não sei se me agrada a ideia dos meus filhos um dia lerem a mãe enquanto mulher, saberem das minhas inseguranças, dos sonhos passados, das frustrações... Não consigo decidir o que fazer com os meus queridos diários.

12 de janeiro de 2014

viver ou pensar na vida?

Perdemos uma amiga para o cancro, só consigo pensar que viagem estará ela a fazer agora e se por cá terá percorrido os caminhos que desejava. Se partiu sentindo que valeu a pena ou, por outro lado, que não fez sentido o que viveu.
Não sei como viver esta vida se uns dias me sinto invencível e destemida e noutro tolhida de medo sem conseguir dar passos que me façam andar e ficando limitada ao que me faz mal, pensar.

11 de janeiro de 2014

"O Leitor" ou a insónia mais produtiva de sempre

Numa das noites de insónia da semana que passou vi "O leitor".  Devo ser a única que ainda não tinha visto mas agora é mesmo assim vejo e leio tudo já muito fora da data de validade. Bom a verdade é que chorei baba e ranho durante cerca de 80% do filme, há muito que um filme não me deixava em tal estado de catarse mas só de imaginar o que seria viver neste mundo sem saber ler ou escrever, sem conhecer o prazer de pegar num livro e deixá-lo levar-me e ser dentro dele de outro espaço e de outro tempo e ser tão livre que deixam de existir minutos e ponteiros...ui

8 de janeiro de 2014

Tenho provas

É o trabalho que nos salva. Não , não é o amor.