4 de março de 2014

Tia Aurora II

Sempre adorou glicínias, extasiava-se com a cor e o perfume, ai o perfume... Mas o que nunca contou é que o que realmente amava nas glicínias era a recordação do dia em que passando junto a elas, na rua do mercado de cima, pequenas pétalas lhe caíram no cabelo negro e de como o António Maria lhas retirara sem pressa e de como, por uma vez apenas, a sua mão, quente, lhe tocou o pescoço.