Tia Aurora II

Sempre adorou glicínias, extasiava-se com a cor e o perfume, ai o perfume... Mas o que nunca contou é que o que realmente amava nas glicínias era a recordação do dia em que passando junto a elas, na rua do mercado de cima, pequenas pétalas lhe caíram no cabelo negro e de como o António Maria lhas retirara sem pressa e de como, por uma vez apenas, a sua mão, quente, lhe tocou o pescoço.

Comentários

  1. Ana7 de março de 2014 às 13:02

    assim também eu adorava! é muito bom quando temos uma memória assim, que podemos cultivar, sorrir só de olhar, e sem praticamente ninguém perceber nada, só quem sabe a história.
    beijo

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    1. Cat7 de março de 2014 às 22:35

      Claro! A tia Aurora tinha histórias e segredos que não tem fim .

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