Os miúdos de 15 /16 que ouvem Nirvana intitulam-se de "old school". Pois. Não sei se me dói mais isto ou ouvir o meu filho tocar Metallica na guitarra... é karma ou algum rito de passagem para rapazes de todos os tempos??? Vou só ali revirar os olhos virada para a parede.
24 de fevereiro de 2022
23 de fevereiro de 2022
Life lessons
A propósito de uma música que ouvi pela primeira vez estes dias e ainda que não esteja relacionada, veio-me à memória um filme que vi várias vezes quando tinha 17 ou 18 anos (há muito, portanto). O filme "New York Stories" de 1989 é composto por três histórias distintas dirigidas por diferentes realizadores : Martin Scorsese, Francis F. Copolla e Woody Allen mas a que me fascinava, não sei muito bem porquê, era a primeira, "Life Lessons" do Scorsese com Nick Nolte e a Rosanna Arquette. Aquela cassete VHS foi rebobinada vezes sem conta e ainda existirá junto de muitas outras guardadas em casa dos meus pais. E isto não tem interesse absolutamente nenhum a não ser perceber que a música, como os filmes, os livros e os cheiros nos podem levar de viagem no tempo. E de como o YouTube é precioso.
20 de fevereiro de 2022
Birra
Queria comprar um livro, Expiação, de Ian McEwan, o que encontrei tinha na capa as imagens do filme, que, aliás, adoro, mas como não era sobrecapa que se pudesse retirar, não comprei.
Tenho as minhas manias. Sou do clube dos que acham sempre que os livros são melhores do que os filmes ainda que nalguns casos as adaptações ao cinema sejam realmente muito boas. Fascina-me até o trabalho de pegar num livro e colocá-lo em imagens e movimento fora do que acontece na nossa cabeça ao ler. Mas senhores editores quando quiserem apelar à compra através das imagens do cinema façam-no com opção de descartar essa capa para quem isso é irrelevante, por favor.
19 de fevereiro de 2022
Ponto de Encontro
Na página 438 às 22h22
Na terceira estrela a contar da esquerda na Ursa Maior às 23h32
Na sexta estrofe da letra às 00h00
11 de fevereiro de 2022
10 de fevereiro de 2022
Abraços
O tratamento por Katy (K e y não sei porquê mas escrevia-o assim) sempre esteve reservado apenas a primos próximos, amigos de infância e adolescência e uma professora de inglês. A minha mãe não gostava porque parece que era eu muito pequena e uma vizinha tinha uma cadela com esse nome e lá lhe fazia cócegas no cérebro que chamasse à filha o mesmo que a uma cadela.
Esses primos e amigos mais antigos ainda se me dirigem por Katy e eu gosto tanto, sinto-me abraçada.
8 de fevereiro de 2022
Reflexão (parva) do dia
Dentistas, obstetras e esteticistas conhecem-nos bem, no nosso pior.
(Constantando que já fui mais vezes ao dentista na vida do que ao obstetra e esteticista juntos).
7 de fevereiro de 2022
A meia idade
Não sei afinal qual é a idade da meia-idade mas se dobrar a idade que tenho dá os 90, o que me parece uma boa meta (isto dá um outro longo assunto), logo, penso que é agora mesmo. Faz-me sentido então um conceito batido, ouvido aqui e ali e que não entendia, a tal da crise de meia-idade. Não sei se chamar de crise será o mais correcto mas se calhar é isto de achar que os 90 é que foram bons, de dizer ao meu filho de 15 anos aquilo que ouvia a minha mãe dizer-me "quem me dera ter a tua idade e saber o que sei hoje", de recordar com tons dourados e rosa a minha adolescência e juventude quando muitas vezes sentia era tudo tão denso e obscuro, de reviver mentalmente instantes e situações de há 30, 20, 15 anos com medo de um dia os não encontrar mais. Penso e repenso nisto da memória e da desmemória, com receio. Sei que há momentos que só existem enquanto quem os viveu viver para os recordar e que será como se nunca tivessem existido quando morrerem. Desejava que houvesse alguma forma de viagem no tempo não tanto para viver de novo esses momentos mas para registá-los, para os gravar, fotografar, filmar, para que, morrendo, eles perdurassem eternamente.
Se calhar fantasiar com coisas parvas também faz parte do quadro clinico da meia idade.