Esta será a última destas crónicas. Tiveram inicio numa altura de profunda solidão na minha vida, a pior das solidões, aliás, que é aquela que sentimos mesmo rodeados por imensas pessoas. Numa altura em que facilmente me poderia ter entregue a uma depressão sem fim não fosse achar que não tinha esse direito, que os meus filhos mereciam mais de mim. Devido à precipitação de toda a situação, que não repetirei porque quem me segue habitualmente já a conhece de sobra, tive os meus filhos sem a presença do meu marido, a trabalhar fora. Não tinha os meus filhos ao meu lado como as outras mães, não tinha o pai dos meus filhos ao meu lado, a minha vida tremeu, a minha alma estremeceu, e os meus olhos não encontravam o que queriam e precisavam. Chegou um mês e meio depois, na véspera de terem alta. E assim foi um mês e meio a percorrer os mesmos corredores, a olhar para o mesmo relógio sempre parado nas 17h45, a comer na mesma cantina, sem a presença da única pessoa que poderia querer ao meu l