Happy Hour on wheels


    Entre os prós e os contras de morar nos arredores da cidade está o facto de passar muito tempo ao volante: leva os filhos à escola; regressa; vai tratar de assuntos na cidade; regressa; vai trabalhar; regressa... enfim, muitos quilómetros, pneus e gasolina gastos entre "vais e vens" constantes. As facturas  são o pior deste cenário porque de conduzir eu gosto e este tempo sobre rodas, tornou-se numa espécie de "Happy Hour" na qual tenho tempo para ouvir a minha música. Na verdade o meu carro serve-me de escritório no qual eu sou secretária administrativa e trato de marcações de consultas e outras coisas mais do bando (AKA agregado familiar); marcação de reuniões e despacho de assuntos de trabalho; é também ponto de encontro telefónico a partir do qual se põem em dia as conversas com os amigos e familiares e se marcam possíveis encontros e saídas reais que nunca chegam a acontecer; é consultório do psicólogo onde me confronto com as questões que posso ter comigo própria e espaço onde posso "catarsizar" quando necessário e é ainda confessionário sem penitências. Tudo isto sobre rodas e em andamento. Mas o que gosto mesmo e me faz dar graças a toda a tecnologia que hoje permite aceder no carro a todos os suportes possíveis, é de me fazer acompanhar por música, sempre. Poder ouvir, cantar e dançar sem ninguém ver ou ouvir (lá poderá acontecer num semáforo ou outro, numa rotunda ou outra mas não é preocupação que me assista) fazem sempre os, pelo menos, 30 km diários valerem a pena. 

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