Dos Infernos na terra


 90 por dia é a média de violações na Índia onde violar uma mulher é igual a beber um copo de água e as violações em grupo são tão banais como pagar uma rodada de cerveja entre amigos. Apesar de se falar nisto na comunicação social agora que ocorreu um destes crimes sobre uma médica num hospital público na Índia, estes dados não são novos. Não raras vezes o peso recaí sobre as vítimas, são expulsas e abandonadas pela família por lhes trazerem vergonha e os agressores sempre impunes, claro. A violência sobre as mulheres e nomeadamente a violência sexual é, nalgumas partes do globo, e na actualidade, uma prática comum, diria quase cultural e sem consequências para os perpetradores. 

Os infernos existem, de várias formas, este é só um deles.

Mas "prontos", é mais fácil  pensar que são coisas longínquas (apesar de em Portugal o número de violações e violações em grupo também ter aumentado dramaticamente e ninguém parecer notar ou incomodar-se) e preocuparmo-nos mas é com os pronomes e nomes neutros; sair à rua com um lenço palestiniano ou uma bandeira arco-íris mesmo que depois nada se saiba responder/defender a respeito; vandalizar património em prol do ambiente mesmo que seja com tinta tóxica ou ir protestar contra o lítio filmando tudo com telemóveis com bateria de... adivinhe-se.

Breve desabafo de sábado...


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